sexta-feira, 10 de abril de 2009

Mudar ou transformar?



Às vezes apete-me ser o vento, sem responsabilidades ou compromissos, assim ser livre. Na verdade, até mesmo o vento tem regras, mas se tivesse tanto tempo livre, sentaria embaixo de uma árvore e leria livros, ou melhor, os engoliria, também pararia para pensar no outro lado da vida e em seus mistérios e magias, ou não, pois nunca vou entendê-los mesmo.
Sinceramente? Não precisava ser exatamente o vento, talvez o sol, céu ou mar! No fundo eu só queria afastar-me da crueldade e imensa cobrança do mundo.
Se eu fosse o ar, poderia voltar aos sítios que mais gostei de conhecer, ir a outros que não fui, matar a sede de conhecer coisas novas, viver em cultura/países diferentes, mas depois, como o ar, poder voltar á minha terra e deixar-me estar durante uns tempos nas minha raízes, sem vento no espírito.
Venho reparando que as pessoas estão tão ligadas as cobranças diárias que não tem tempo mais para lazer, descanso e liberdade. Conclui que aquela luz que antes brilhava no rosto das pessoas, hoje não se vê mais, parece que se fora perdido. Prometo um dia achar a solução para tanta destruição, cansaço e exaustão, ou talvez somente uma forma de gratidão pelo tudo que temos e não vemos, por entre a rotina, desde o despertar, estudar, até a hora de se deitar. Vivo neste mundo sem, no entanto estar certa do por que.
Vendo as pessoas, lugares, sentimentos e pensamentos, procuro um lugar no meio deste emaranhado ao qual chamo vida, onde haja uma luz que preencha o vazio do porquê de viver. É difícil encontrar essa fonte de luz, então tenho que contentar-me com a luz do sol, que me banha.
Mas o mundo é cruel, então dói tentar achar um universo paralelo, um refúgio de tudo que inunda o cérebro. Muitos dizem que vivemos num lugar quase perfeito, mas infelizmente não vivemos, vivemos num mundo imperfeito e cheio de dor, sentimentos e infelicidades, onde a culpa é de grande parte nossa.
Estive pensando, recordando o que meus pais, tios e avós disseram-me sobre o mundo, e como em tão pouco tempo toda aquela pureza se perdeu. Hoje é tudo tão injusto, as pessoas só veem uma forma para as de resolver seus problemas, com tiros e pancadas.
Porque não agradecer a sorte de ter a chuva fina, que acaricia, ou o sol a pino ardente, tão quente e poder abrir a alma para escrever o mais belo poema, para comemorar nossa existência, e substituir toda a crueldade do mundo por simples lições de vida?

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